Trabalho sob altas temperaturas provoca 19 mil mortes por ano, alerta ONU
- Em 27 de agosto de 2025
O calor extremo já não é apenas uma preocupação ambiental: ele se tornou um grave problema de saúde e segurança do trabalho. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 19 mil pessoas morrem todos os anos em decorrência da exposição a altas temperaturas no ambiente laboral. Setores como agricultura, construção civil e pesca estão entre os mais impactados.
Neste artigo, vamos mostrar os dados divulgados pela ONU, os riscos do trabalho sob calor excessivo, como isso afeta a produtividade e quais medidas empresas e governos devem adotar para proteger os trabalhadores.
Impacto do calor no mundo do trabalho
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Mais de 2,4 bilhões de trabalhadores em todo o mundo estão expostos a temperaturas elevadas — o equivalente a 71% da força de trabalho global.
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Para cada grau acima de 20 °C, a produtividade dos trabalhadores pode cair de 2% a 3%, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Meteorológica Mundial (OMM).
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Além da perda de produtividade, estima-se que o calor excessivo provoque 19 mil mortes anuais.
Riscos à saúde dos trabalhadores
Os riscos do estresse térmico ocupacional vão muito além do desconforto. Entre os principais problemas de saúde estão:
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Golpes de calor
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Desidratação
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Disfunções renais
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Distúrbios neurológicos
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Aumento do risco de acidentes de trabalho
Calor extremo e mudanças climáticas
As ondas de calor se tornaram mais frequentes e intensas nos últimos anos, resultado direto das mudanças climáticas.
Isso afeta não apenas países próximos à Linha do Equador, mas também regiões tradicionalmente mais frias, como demonstraram as recentes ondas de calor na Europa.
De acordo com a ONU, proteger trabalhadores do calor extremo é um imperativo de saúde e também uma necessidade econômica.
Medidas recomendadas pela ONU, OMS e OIT
As agências internacionais recomendam que governos e empregadores adotem planos de ação contra o calor no trabalho, adaptados a cada setor e região. Entre as medidas sugeridas estão:
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Criação de protocolos de segurança para altas temperaturas;
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Pausas programadas em ambientes de calor intenso;
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Hidratação adequada durante a jornada;
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Treinamento para identificar sinais de estresse térmico;
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Estruturas de sombra e ventilação em locais de trabalho ao ar livre.
Conclusão
O estresse térmico ocupacional já é considerado um dos maiores riscos trabalhistas do século XXI. Sem medidas de proteção e adaptação, o número de mortes e as perdas econômicas podem aumentar significativamente nos próximos anos.
Investir em prevenção, conscientização e políticas públicas eficazes é essencial para salvar vidas, reduzir desigualdades e garantir condições dignas de trabalho em um planeta cada vez mais quente.
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Fonte: G1
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